Feira Sabores da Terra completa um ano...

Há doze meses uma parceria entre Cooperativa União, Prefeitura de Canguçu e Emater possibilitou o surgimento de uma nova rede de comercialização para os produtos cultivados em Canguçu.

Todas as segundas-feiras um público cada vez mais consciente chega à esquina das ruas Conde de Porto Alegre e Exército Nacional. Ali, próximo à sede da UNAIC, a diversidade e o colorido que saem das hortas e lavouras chegam ao alcance do consumidor urbano, oportunizando uma alimentação mais saudável e uma reflexão sobre o não uso de venenos na produção agrícola.

– Estamos fazendo a transição para a agroecologia. A feira também se revelou uma alternativa para que algumas famílias substituíssem o cultivo do tabaco pela produção de alimentos, já que a procura pelos produtos tem aumentado – explica a técnica agrícola Catana Silva, integrante da Cooperativa União, uma das entidades responsáveis pela coordenação do espaço.

Ela explica que a cada semana há novos consumidores participando da feira.

– E a expressiva maioria acaba voltando – completa.

Nesta segunda houve comemoração pelo aniversário de um ano da Feira Sabores da Terra. Consumidores, produtores e visitantes celebraram a data com bolo e homenagens aos pioneiros da iniciativa. Uma exposição fotográfica revelou através da arte o cotidiano rural daqueles que fazem das sementes e dos ciclos da natureza e sua forma mais plena de vida. As vivências e os atores envolvidos nesta dinâmica permanecem registrados como um recurso a mais na memória de uma caminhada que recém está começando.

Presente ao evento, o prefeito Gerson Nunes aproveitou a ocasião para também adquirir produtos da agricultura familiar. Ele ressaltou a importância da iniciativa e elogiou a qualidade dos alimentos.

– Este alimento mais saudável e mais saboroso está a cada dia mais presente na mesa dos canguçuenses. São ações como esta que nos garantem o título de Capital Nacional da Agricultura Familiar – enfatizou.

A feira Sabores da Terra é formada, atualmente, por doze bancas. A maioria dos espaços é administrada por núcleos familiares, mas há também um grupo composto por assentados da reforma agrária. Os produtos oferecidos variam conforme a época do ano e o período das colheitas.

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