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História do Município

Canguçu está encrustada na Serra dos Tapes. Os primitivos habitantes de Canguçu foram os Índios Tapes. A história de Canguçu começa quase 300 anos depois da colonização do Brasil, em 1800 na localidade conhecida, hoje, como Canguçu Velho, no 1º subdistrito.

O marco inicial da cidade de Canguçu foi a “Capela Curada de Nossa Senhora da Conceição de Canguçu”, criada em 1º de janeiro de 1800. Pela lei nº 340 de 28 de janeiro de 1857, Canguçu foi elevada a vila. E, em 27 de junho de 1857 foi instalada a Vila de Canguçu, tornando-se um município com governo próprio, até esta data Canguçu era governada pela Câmara de Piratini.

Canguçu foi o 22º município gaúcho a ser criado, por desmembramento do de Piratini. Da fundação portuguesa do Rio Grande do Sul em 1737, com o desembarque do Brigadeiro Silva Paes na cidade do Rio Grande atual, e até a criação do município de Canguçu em 1857, decorreram 120 anos.

Os primeiros colonizadores que se tem notícias foram os Açorianos , vindos da Ilha de Açores, colônia de Portugal. Depois deles é que chegaram os demais imigrantes, alemães, italianos, palestinos, japoneses, africanos.

A denominação Canguçu

Apesar de várias teorias a cerca do nome do município se sabe que sua origem é indígena, o que variam são as interpretações a cerca do significado, podemos destacar as duas interpretações sustentadas pelos historiadores:

1ª - A denominação de Canguçu deriva da palavra indígena Caa-Guassu, significando mata grande ou mato grosso, foi denominada assim em alusão a milenar mata grande que encobriu a primitiva encosta da Serra dos Tapes para a Lagoa dos Patos.

2ª – A denominação deriva da palavra Can-Assu ou Cangka-assú que significa cabeça grande, saliência alta. Expressão aplicada pelos índios Tapes ao cerro grande e alto que eles habitavam. Mais tarde foi constatado que essa expressão era usada também pelos bugres com o mesmo significado acrescido de vento forte, lugar onde tem vento constante.

 

Outras Histórias de Canguçu

 

Cerro da Liberdade

Ao lado da sede do Esporte Clube Cruzeiro, rumo norte, existia um cerro, hoje demolido, que recebeu o nome de Cerro da Liberdade. Este cerro ficou na história de Canguçu porque, neste local foi dada a liberdade a duas meninas escravas.

Em 1870, por ocasião do retorno dos filhos de Canguçu da Guerra do Paraguai, foi feita uma homenagem com a alforria de duas escravas Elvira e Maria Conceição. A cerimônia foi realizada ao ar livre sobre um cerro, junto à cidade, que desde então, passou a denominar-se “Cerro da Liberdade”.

 

Real Feitoria do Linho Cânhamo

Instalaram-se a mando do Marquês de Pombal, Primeiro Ministro do Império de Portugal as Reais Feitorias do Linho Canhamo, que funcionavam como uma "estatal portuguesa", contando com grande número de escravos africanos, e produzia linho cânhamo, matéria prima para velas e cordéis dos navios.

Alguns afirmam que foi inicialmente (1783) foi instalada em Canguçu Velho (que hoje abrange partes de Canguçu, Pelotas e Turuçu). Outros afirmam que foi na chamada Ilha da Feitoria, próximo a Pelotas. Entretanto, os produtos eram escoados pela Lagoa dos Patos em por um porto localizado no Arroio Corrientes ou na Ilha da Feitoria.

De acordo com o livro de Coronel Genes Bento, o Rincão do Canguçu era o terreno em frente à Lagoa dos Patos e que se estendia até as imediações da cidade de Canguçu atual, entre os arroios Correntes e Grande (ex-das Pedras). Porém, Bento afirma que a hoje conhecida como Ilha da Feitoria (que um dia chamou-se Ilha de Canguçu) estava fora desse levantamento onde teria funcionado a Real Feitoria. Assim, a sede da Feitoria teria funcionado no ponto mais alto do Rincão do Canguçu, local que passou a ser conhecido como Canguçu Velho, a partir de 1800.

Sua estrutura compunha-se da casa-grande que era o centro das atividades e moradia do feitor ou outra autoridade da Feitoria. Nas senzalas moravam os escravos. Havia ainda os galpões para animais e depósitos diversos.

 

Por causa da pouca fertilidade do solo, foi transferida, em 14 de outubro de 1788, para região denominada Fachinal da Courita, no Vale do Rio dos Sinos (abrangendo partes dos municípios de São Leopoldo, Estância Velha, Portão).

 

 

O que era a Real Feitoria do Linho Cânhamo?

Entre os anos de 1783 e 1789 funcionava na Zona Sul do Rio Grande do Sul a Real Feitoria do Linho Cânhamo. A feitoria era um fazenda destinada a produzir linho a partir da fibra do cânhamo. Matéria prima para velas e cordéis de navios.

Esta foi a primeira empresa agrícola de iniciativa governamental a ser instalada no Estado. O linho era obtido por Portugal, a altos preços, da Inglaterra. Por isso, a instalação da Feitoria no Brasil funcionava como uma estatal portuguesa, com grande número de escravos africanos.

Quando instalada na região, os produtos eram escoados pela Lagoa dos Patos, de acordo com Bento, possivelmente por um porto localizado no Arroio Corrientes.

Na época, o vice rei do Brasil, dom Luis de Vasconcelos, foi quem mandou instalar a Real Feitoria no Sul do Estado. Porém, foi transferida em 1788 para região denominada Fachinal da Courita, no Vale do Rio dos Sinos, abrangendo partes dos municípios de São Leopoldo, Estância Velha e Portão. Na feitoria do Vale dos Sinos a produção era transportada para Porto Alegre pelo rio dos Sinos.

A estrutura da Feitoria era composta por uma casa-grande e por senzalas. A feitoria persistiu até depois da Independência do Brasil, sendo extinta em 1824.

Do cânhamo ao linho

O termo cânhamo industrial refere-se a todas as partes da planta Cannabis sativa (maconha) que contêm menos de 1,00% de tatrahydrocanabinol (THC), substância psicoativa presente na Cannabis. A fibra do cânhamo, presente no caule, foi muito utilizada nas cordas e velas nos navios gregos e romanos, e era usada também para fabricar tecidos, papel, palitos e óleo. A origem do cânhamo é bastante antiga, já que acredita-se que tenha sido cultivado primeiramente em um vasto território da Ásia central e oriental, em algum lugar entre as montanhas de Altai, o mar Cáspio e o lago Baikal, hoje os territórios orientais da Rússia, da China e da Mongólia. As primeiras menções do cânhamo como uma colheita foram feitas por chineses, mais de 5 mil anos atrás. O cânhamo foi relatado na Europa em torno de 2000-1500 A.C., onde cresceu rapidamente.

Fibra
A haste do cânhamo possui na sua composição 20% de fibra, sendo considerada a fibra natural mais resistente do mundo. Tem um conteúdo de celulose extremamente elevado. É biodegradável, não requer herbicidas para crescer. É valorizada pela sua força e durabilidade, podendo ser usada na área têxtil em cordas e em papel.

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