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OUT
08
08 OUT 2014
Canguçu antes de 1912: Biblioteca Pública recebe obras com resgate histórico do município
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O acervo da Biblioteca Pública recebeu esta semana a doação de dois exemplares do Almanaque do Bicentenário de Pelotas.


Nos registros de anúncios da época é possível reconstruir parte da trajetória do comércio local. As novas gerações descobrirão, por exemplo, que no final do século XIX existiu no município um armazém denominado A Cubana. Localizado no cruzamento das ruas General Osório com Silveira Martins, o estabelecimento anunciava a venda de “papeis, penas e tintas”. Lá também era possível adquirir, conforme o anúncio da época, “artigos para luto, fantasias para vestido, lampeões, chapéus e homeopatias, além de arados, alfafa, máquinas para agricultura, terra romana e vinhos nacionais”.



Na Pharmacia Albano, também localizada na rua General Osório, os moradores poderiam adquirir a Milhomina, um remédio contra a mordedura de cobras “já muito experimentado, sempre com felizes resultados”. A fórmula, segundo o anúncio, era preparada pelo farmacêutico Glycerio Boaventura. O texto também descrevia parte da trajetória do profissional “nascido na Bahia em setembro de 1852, formado e diplomado farmacêutico pela Faculdade de Medicina da Bahia e morador de Cangussú desde 1891”.
 

Os dois volumes do Almanaque foram doados pelo produtor cultural Duda Keiber, diretor da Gaia Cultura e Arte. O material foi adquirido através da iniciativa do servidor municipal Alan Redü. O volume 3 da obra ainda não chegou ao município, mas será enviado assim que for lançado.

No primeiro volume, o Almanaque resgata a Revista do 1º Centenário, obra rara e de cunho histórico de João Simoes Lopes Neto, que traz dados de Pelotas nos seus primeiros 100 anos. Cidades da região, como Canguçu, também aparecem no almanaque. Além disso, conta com a coordenação editorial do professor Luis Rubira, com a apresentação da Revista Centenária por Luis Borges, a pesquisa de Adão Monquelat sobre a materialização de João Cardoso, personagem simoniano dos Contos Gauchescos, e também com um acervo iconográfico de 212 fotos da cidade antes de 1912.

Nos volumes 2 e 3, o Almanaque, com o trabalho de mais de 30 pesquisadores e historiadores, "atualiza" a história de Pelotas de 1912 até 2012, novamente sob organização do professor Luis Rubira.

O Almanaque não será comercializado. Sua distribuição será gratuita e dirigida para bibliotecas, instituições de ensino, entidades públicas e imprensa. Em 576 páginas, as pesquisas têm como temática o resgate, a partir de 1912, da cena da Arte e Cultura pelotense, abordando o teatro, música, cinema, literatura, arquitetura, carnaval, o doce, iconografia urbana, dança, editoras e tipografias da cidade, o espectro da escravidão e os primórdios do surgimento de Pelotas.

– Daria pra dizer que temos a temática de arte e cultura da cidade neste volume, elementos muito fortes da identidade local – resume Duda Keiber, coordenador geral do projeto.

A coordenação editorial ficou a cargo de Luís Rubira, que junto com Guilherme Pinto de Almeida, pesquisador iconográfico, reuniu mais de 10 mil imagens através de empréstimos e doações.

– Talvez este tenha sido o trabalho mais difícil, o de escolher somente mil entre imagens tão raras de uma cidade que gostaríamos de mostrar – explica Rubira.

As fotos retratam raridades históricas de uma outra Pelotas, dos bondes como meio de transporte, da construção da ponte de ferro do canal São Gonçalo, além de textos que ajudam a conhecer melhor a tradicional cidade do sul do Brasil.

 

Volume 1

No final de 2012 foi lançado o primeiro volume que teve como carro chefe a publicação completa da Revista do Centenário – trabalho realizado por João Simões Lopes Neto entre 1911 e 1912, quando foi secretário da Bibliotheca Pública Pelotense. Sendo a Revista simoniana um material extremamente raro, formado por oito fascículos, o Volume 1 tratou de resgatá-la, sendo impressos 1 mil exemplares do fac-símile da Revista, além de textos do professor Luis Borges, Adão Monquelat e Valdinei Marcolla, Luis Rubira, e notas de Guilherme Pinto de Almeida. O Volume 1 do Almanaque do Bicentenário está disponível para consulta no site: www.almanaquedepelotas.com.br.

 

Volume 3

O terceiro e último volume do Almanaque do Bicentenário de Pelotas terá temáticas como o comércio, a saúde, a indústria, o arroz, os trabalhadores, os índios, o Laranjal, a colônia, reflexos da escravidão, o período da Ditadura Militar em Pelotas, entre outros. Essas pesquisas já estão envolvendo em torno de 18 pesquisadores locais. A previsão do lançamento é para dezembro de 2014.

 

> Pesquisadores participantes do Volume 2:

Luis Rubira – Coordenação Editorial e Introdução do Almanaque

Simone Xavier Moreira – Dos Primórdios Culturais e Literários da Princesa do Sul

Isabel Porto Nogueira – De Músicas e Outras Histórias ou Por Entre Brumas e Ruas Planas de “Satolep”

Helena Prates – Pelotas no Palco: Uma Cidade Encena 100 Anos de História

Klecio Santos – O Reino das Sombras: Palcos, Salões e o Cinema em Pelotas

Eduardo Arriada e Elomar Tambará – Uma História Editorial: Tipografias, Editoras e Livrarias em Pelotas

Jarbas Lazzari – Pelotas, os Espectros da Escravidão e o Mundo Atlântico

Alvaro Barreto – Carnaval em Pelotas: dos Primórdios aos Anos 1940

Flavia Rieth e Marilia Floôr Kosby – Patrimônio: Região Doceira de Pelotas Atual e Pelotas Antiga.

Adão Monquelat e Valdinei Marcolla – Pelotas, Uma Outra História

Fábio Vergara Cerqueira – Atenas do Sul: Recepção e (Re)Significação do Legado Clássico na Iconografia Urbana de Pelotas (1860-1930)

Ursula Rosa da Silva – Artes Plásticas em Pelotas

Helena Prates – Primeira Posição da Dança em Pelotas (e principais cenas do Theatro 7 de Abril)

Ester Gutierrez e Célia Gonsales – Pelotas: Arquitetura e Cidade

Guilherme Pinto de Almeida – Notas Introdutórias à Iconografia do Almanaque

 

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