Multidão percorreu o trajeto do revezamento acompanhando de perto a passagem da Tocha Olímpica pela Capital da Agricultura Familiar
Como no livro
As Palavras Andantes, de Eduardo Galeano, o povo pôs-se a andar no ritmo de quem também seguia uma utopia. A passagem da Tocha Olímpica por Canguçu arrastou uma multidão pelas principais ruas da cidade, destacando o verdadeiro sentido do Espírito Olímpico, uma tradição que se aproxima dos 3 mil anos e que busca fortalecer a integração dos povos e o estreitamento de valores como a união, a fraternidade, o companheirismo e a solidariedade.
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Atletas e moradores que se inscreveram através dos patrocinadores foram escolhidos para a condução da tocha. Os condutores Aleff Peres, Luiza Ríos, Ronaldo Heling, Germano Gazolla, Marília do Amaral, Augusto da Silva, Edgar Luiz Fedrizzi Filho, Gerson Fick, Natália Nunes, Dioni Lapa e Luiz Nunes percorreram o trajeto desde a Escola Geraldo Telesca até a entrega do fogo simbólico para o desportista Fábio Alemão, que aguardava no palco montado em frente à Prefeitura Municipal.
O Governo Municipal foi representado no ato pela secretária de educação, Ledeci Coutinho. Pela comissão organizadora, Fernanda Silveira e Kaline Nunes representaram as dezenas de pessoas que se envolveram voluntariamente no projeto, ajudando a construir todas as etapas necessárias até a chegada do grande dia. Na presença do secretário estadual de turismo, Juvir Costella, Canguçu concluiu o revezamento que mobilizou milhares de canguçuenses e visitantes.
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O município também homenageou o estudante Andrei Soares Mota. Ele e o diretor da Escola La Salle, José Rodrigues da Cunha, subiram ao palco para uma homenagem pela conquista do primeiro lugar em concurso de redações organizado pelo município. Orientado pela professora Carla Borges Guerra, o estudante escreveu a redação considerada pela comissão avaliadora como a que melhor sintetizou o tema dos jogos olímpicos.
Canguçu acompanhou uma das maiores mobilizações populares de sua história. As 12 mil pessoas que ocuparam as ruas celebraram o sentimento olímpico e a representatividade dos povos nos jogos que acontecem a cada quatro anos. Tal cenário foi retratado pelo jornalista José Alberto Andrade, um dos profissionais que acompanhou de perto o revezamento:
– Canguçu fez o maior arrastão festivo para a Tocha Olímpica até agora no Rio Grande do Sul – resumiu, via Twitter.
Quando o tema das olimpíadas seguiu viagem, um legado de sonho e conquista permaneceu entre a população local. Um povo que sabe a importância do trabalho e de suas lutas. Mas que também se permite sonhar. Sonhar e observar as utopias que, no horizonte, iluminam nossos rumos e reacendem nosso orgulho de pertencer à Capital Nacional da Agricultura Familiar, o Minifúndio das Américas, a terra de todas as culturas e de todos que vivem nela.
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